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Salmo 60 - A Dureza das Provações
MONDAY, MARCH 11, 2019
Posted by: Igreja Batista Redenção | more..
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Devido a problemas que tenho na coluna, tenho praticado natação três vezes por semana. Tem sido muito bom para mim. Normalmente eu entro na piscina com dores e saio sem, bem disposto para começar o dia de trabalho. Geralmente é assim, a não ser nos dias de teste físico. Nesses dias, tenho de nadar em sessões que são cronometradas. Para o meu estado físico, alguns desses períodos são intermináveis. Preciso de todo o meu esforço e determinação para não atender o impulso de parar no meio do teste. Ao completá-lo, parece que cheguei ao final de uma maratona. Cada chegada me faz crer que em algum momento terei de desistir.

Meu sofrimento permanece apenas enquanto cumpro esses testes físicos e, ao final, o máximo que pode me acontecer é estar mais cansado que o normal e com algumas dores. Davi, entretanto, passou por provações que o fizeram ficar desanimado e temeroso. O Salmo 60 foi escrito em uma dessas ocasiões. O título do salmo diz “Quando ele guerreou com Aram Naharaim e com Aram Zobá e quando Joabe voltou e feriu Edom no vale do sal, doze mil homens” (behatsôtô ’et ’aram naharayim we’et ’aram tsôvâ wayyashav yô’av wayyak ’et-’edôm begê’-melah shenêm ‘asar ’alef). Aram, a que o texto se refere, é a Síria. Trata-se de um território muito grande onde Zobá está na parte sul, fazendo fronteira com o limite Norte de Israel. Já Aram Naharaim, que significa Aram “entre os dois rios” – o Eufrates e o Tigre –, fica ao norte, na região conhecida como Mesopotâmia. Empreender uma guerra para estabelecer um domínio político sobre toda essa região e comandar a principal rota comercial entre a Mesopotâmia e o Egito não é uma tarefa de pequena monta. Essa era a missão que Davi empreendia com muito custo. Era também, além dos interesses comerciais, uma estratégia de defesa, já que o território sírio servia, para Israel, como Estado “tampão” no caso de uma invasão assíria.

Apesar do grande empreendimento, o texto de 2Samuel 8, que nos oferece o contexto histórico do salmo, mostra que Davi já tinha pacificado o sul ao subjugar os filisteus a sudoeste do território israelita e os moabitas a sudeste. Diante disso, ele podia investir militarmente ao norte do seu país. Mas, agindo com traição, o povo de Edom, ao sul de Judá, resolveu aproveitar a oportunidade para atacar seu vizinho cujos exércitos estavam a cerca de quinhentos quilômetros de distância. Isso obrigou Davi a enviar uma tropa para defender o país dos edomitas, tropa que parece ter tido dificuldades para repelir os invasores do Sul. Diante do cansaço da guerra, dos inúmeros inimigos e do constante risco de ser derrotado, Davi escreve o salmo, na forma de um diálogo com Deus, que ensina lições preciosas para o servo de Deus que passa por provações longas e duras.

A primeira lição é reconhecer que as provas não fogem do controle de Deus. O revés militar é imediatamente reconhecido por Davi como uma atuação de Deus (v.1): “Ó Deus, tu nos rejeitaste, nos desmantelaste, pois tu te enfureceste” (’elohîm zenahtanû peratstanû ’anafta). Entendendo que os rumos da guerra vêm do Senhor, Davi não se ocupa apenas dos preparativos e das táticas militares como se tudo dependesse dele. Em lugar disso, ele ora àquele que conduz a história, dizendo: “Restaura-nos!” (teshôvev lanû). Parece que o pensamento de Davi é que, se Deus dá a provação, somente ele pode retirá-la. Por hora, segundo o plano traçado por Deus para esse momento, Davi e seu exército estão abalados com as dificuldades em relação ao número e à ferocidade dos inimigos (v.3): “Fizeste teu povo ver dificuldades” (hir’îtâ ‘ammeka qashâ). Ao dizer isso, Davi não tem em mente apenas o ato de “ver” a dificuldade, mas de atravessá-la, de sofrê-la pessoalmente.

Segundo o salmista, o Senhor não só tinha um propósito em relação à história de Israel, ao reinado de Davi e às suas conquistas militares, como pessoalmente implementou tais propósitos. Contudo, o fez dentro dos parâmetros que previu para tratar seu povo sem fazê-lo perecer (v.4): “Aos que te temem deste uma bandeira para onde possam fugir do alcance do arco” (natattâ lîre’eyka nes lehitnôses miffenê qoshet). Davi não explica que tipo de bandeira ou “sinal” é esse a que se refere. Como não parece ser uma descrição literal de um refúgio sinalizado por uma bandeira – já que isso era algo que um exército sempre tinha e que não poderia se enquadrar em algo especialmente dado por Deus nesse revés em particular – a linguagem de Davi deve ser figurada e a “bandeira” poderia ser o próprio Senhor a quem ele, agora em dificuldades, recorre para encontrar abrigo. A palavra “bandeira” é a mesma que, com o sufixo possessivo, forma um dos nomes pelo qual Deus é conhecido: “Jeová nissi” (o Senhor é minha bandeira) – ver Êxodo 17.15. Essa interpretação é favorecida pela confiança que Davi tem de orar a Deus no versículo seguinte (v.5): “Liberta-nos pela tua destra e responde-nos para que os teus amados possam ser livres” (lema‘an yeholtsûn yedîdeyka hôshî‘â yemîneka wa‘aneniw). No final das contas, é muito claro, na mente do salmista, o domínio de Deus sobre a situação de Israel.

A segunda lição é saber que Deus conhece a hora de por fim às provações. Esse trecho (vv.6-8) está escrito na forma de uma resposta de Deus à primeira oração de Davi (vv.1-5). Pela pena do salmista, o Senhor garante que chegará o momento de ele, novamente, favorecer os israelitas. Discute-se se o conteúdo dos vv.6-8 é o registro de uma revelação divina a Davi ou se o salmista está apenas lançando mão da confiança dada pelas promessas do Senhor registradas nas Escrituras. De qualquer modo, Davi tem convicção de que o mau momento passará e que os inimigos serão subjugados. Ele escreve (v.6): “Deus, em sua santidade, disse: Eu exultarei, pois dividirei Siquém e medirei o vale de Sucote” (’elohîm diber beqodshô ’e‘lozâ ahalleqâ shekem we‘emeq sukôt ’amaded). Siquem está situada em Efraim, a oeste do Jordão, enquanto o vale do Sucote fica em Gade, a leste do Jordão. O significado desse texto parece ser que o Senhor confirmaria a posse aos israelitas da terra que lhes deu, tanto de um lado como de outro do rio Jordão.

Ele continua (v.7) e valoriza territórios como Gileade e Manasses (a leste do Jordão – Manasses também se estendia a oeste) e Efraim e Judá (a oeste do Jordão). Por outro lado, humilha as nações ao sul, nações estas que costumeiramente causavam problemas para Davi e seus súditos (v.8): “Moabe é o meu lavabo; sobre Edom jogarei a minha sandália; sobre a Filístia eu cantarei vitória” (mô’av sîr rahtsî ‘al-’edôm ’ashlîk na‘alî ‘alay peleshet hitro‘a‘î). Com isso, os israelitas podiam esperar o término dos confrontos pela subjugação dos inimigos. O próprio Senhor poria fim às provações.

A última lição é submeter-se inteiramente a Deus como o único que pode dar alívio. A partir do v.9 Davi volta a ser a voz do salmo e faz uma pergunta que revela sua incapacidade inicial de vencer os edomitas: “Quem me levará à cidade fortificada? Quem me guiará até Edom?” (mî yovilenî ‘îr matsôr mî nahanî ‘ad-’edôm). Tais perguntas mostram que o exército israelita, que tinha como meta tomar Edom e sua capital a fim de acabar com os conflitos, não teve êxito nesse intento. A razão de tal ineficácia é o fato de Deus não tê-los feito vitoriosos até então (v.10): “Acaso tu, ó Deus, não nos rejeitaste? Por isso, ó Deus, não sais com nossos exércitos” (halo’-’attâ ’elohîm zenahtanû welo’-tetse’ ’elohîm betsiv’ôteynû). Sabendo disso, em lugar de buscar outros recursos, Davi se volta inteiramente a Deus e suplica seu auxílio (v.11): “Socorra-nos do adversário, pois nulo é o socorro do homem” (havâ-lanû ‘ezrat mitsar weshawe’ teshû‘at ’adam). A submissão à direção e à vontade de Deus dá, então, segurança ao salmista de que eles sairão vencedores dessa intensa provação (v.12): “Em Deus nós faremos proezas, pois ele investirá contra nossos adversários” (be’lohîm na‘aseh-hayil wehû’ yabûs tsareynû).

O mesmo Deus de Davi, aquele que dá provações, que sabe em que medida dá-las e que se compadece dos servos sustentando-os e livrando-os, é o mesmo Deus de hoje, o Deus da igreja. Seus métodos e objetivos também são os mesmos. Ele nos ensina por meio das dificuldades, nunca nos abandona, nos lembra da sua constante presença e da necessidade que temos de depender dele e nos protege do mal. É disso que eu me lembro quando passo por lutas. E é por isso que eu continuo seguindo quando as forças dão mostras de que acabarão. Como na piscina, o cansaço vem, mas vez após vez completamos a prova com nosso Deus nos sustentando e nos impedindo de afundar.

Pr. Thomas Tronco

Category:  Reflexões diárias

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