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Salmo 3 - Uma Multidão Contra Mim
TUESDAY, SEPTEMBER 8, 2020
Posted by: Igreja Batista Redenção | more..
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Em 2006, passei o mês de janeiro em Guiné Bissau, na África, junto com uma equipe que, por meio de atendimentos médicos, odontológicos e fisioterapêuticos, investiu na pregação do Evangelho. Atendi cerca de duzentas pessoas e não tenho nem ideia de quantas extrações dentais fiz – extraí nove dentes só de uma mulher. Apesar do trabalho árduo, o que mais trouxe dificuldades foi a diferença de cultura e de hábitos. Nesse aspecto, dei uma “mancada” que quase me custou uma surra de um grupo de jovens senegalezes.

Mesmo com as claras orientações do missionário que nos hospedou sobre o cuidado com as fotos, fotografei a estrutura de um mercado popular, algo parecido com barracas de camelôs, sem perceber que havia pessoas nas proximidades. Estas, ao perceberem o disparo da câmara, protestaram com veemência. Quando notei o que eu havia feito, me desculpei com eles na esperança de resolver o assunto. Mas, para meu espanto, foi chegando cada vez mais gente e cada vez mais brava. Uma missionária, então, interveio. Em lugar de melhorar a situação, outros homens se juntaram ao grupo com expressões de rancor, gritando coisas que eu não podia compreender. A única coisa que entendi, para meu desespero, foi a palavra “arrebentar”. Por fim, aos poucos fui afastado da multidão por uma pequena menina e posto em segurança dentro do carro. Que susto!

Davi teve um problema parecido, não com relação a fotografias, mas em relação à uma multidão contrária a ele. Absalão, por meio de dissimulações e tramoias, reuniu, em Hebrom, a título de uma festa pela tosquia do seu rebanho, um grupo de aristocratas e de militares de Israel (2Sm 15). Tendo combinado secretamente uma conspiração contra Davi em todo o país, no momento certo Absalão se proclamou rei em Hebrom e, ao som de trombetas tocadas do Sul até o Norte, a frase “Absalão é rei em Hebrom” foi proclamada por todo o reino. Apesar de as pessoas na festa nada saberem, as circunstâncias as obrigaram a aderir ao movimento. O mesmo ocorreu nos quatro cantos do território. Assim, em pouco tempo “tornou-se poderosa a conspirata e crescia em número o povo que tomava o partido de Absalão” (2Sm 15.12). O próximo passo de Absalão foi partir para Jerusalém a fim de tomar o trono de Davi, seu pai. Este, enquanto fugia do filho, foi ainda perseguido e atacado até por gente da própria Jerusalém (2Sm 16.5-8).

Nesse contexto, Davi exclama ao Senhor (v.1): “Como têm se multiplicado os meus inimigos; são muitos os que se levantam contra mim!”. A palavra usada para “inimigos”, aqui, também pode ser traduzida como “agressores”. Tratava-se de um grupo violento. Davi tinha um histórico glorioso como guerreiro e como general. Venceu muitas vezes tropas numerosas. Mas, dessa vez, a situação era desesperadora. Quase todo o país se uniu a Absalão em um dos mais bem executados golpes de estado da História. Poucos foram os que permaneceram fiéis a Davi. Por causa disso, as pessoas olhavam para o rei e diziam (v.2): “Não há, para ele, salvação em Deus”. Para os tais, nada podia salvar Davi.

Contrariando todas as expectativas, Davi não se desespera. Ele, em lugar disso, busca o Senhor com certas atitudes que devem ser compartilhadas por todos os servos de Deus. Em primeiro lugar, ele entrega seu caminho ao Senhor (v.3-5). Davi, falando da atuação de Deus em relação a ele diz: “Ele é ‘o escudo que me protege’, ‘a minha dignidade’, ‘aquele que levanta a minha cabeça’. Com isso, Davi se esvazia da função de garantir seu próprio bem-estar, pois o responsável e o promotor desse bem é o Senhor em pessoa. Por esse motivo, Davi também não desanima, nem anda de cabeça baixa como quem não tem esperança. Imagine só o que essa esperança significa para um rei que tem de fugir da sua cidade parecendo um covarde, além de ser agredido verbalmente e se tornar alvo de pedras como se fosse um cachorro!

O rei Davi, também, durante a fuga diante dos inimigos, busca o Senhor em oração (vv.4,7). “Minha voz clama ao Senhor” são as palavras utilizadas (v.4) para se referir à sua atitude de pedir a Deus, em oração, que faça o que ele, mesmo sendo rei, não conseguia fazer. No v.7 há um dos exemplos mais sucintos de oração e, ainda assim, mais corretos à vista da Teologia. O rei, deixando de lado a pompa, os métodos e os costumes, simplesmente se dirige a Deus com o clamor que sua necessidade exige: “Salva-me, meu Deus”. Não há como olhar para esse pedido sem recordar de Pedro, entre ondas bravias que o afundavam, clamando a Jesus: “Salva-me, Senhor!” (Mt 14.30). Apesar de, na hora das dificuldades, ser comum algumas pessoas se esquecerem de Deus para se concentrarem na solução dos problemas, é justamente nessa hora que os servos de Deus devem clamar “salva-me, Senhor”.

Como resultado da entrega e da oração, Davi, agora, descansa em Deus (vv.5,6). Apesar do conflito familiar, das acusações falsas e do real risco de perder a vida, ao dizer que se deita e dorme, ele completa: “Acordo porque o Senhor me mantém”. Davi demonstra, nessa frase, não sofrer de insônia nas horas de tribulação justamente porque sabe que o Senhor atua na sua proteção e amparo. Isso o tranquiliza e o faz descansar. A coragem de Davi é fruto dessa confiança e não dos seus recursos militares. Diz: “Não temo a multidão de pessoas que me cercam”. Note bem: Davi escreve isso sabendo que, “de fato”, milhares de soldados estão se preparando para cercá-lo e matá-lo.

“A salvação pertence ao Senhor” é a declaração final do rei (v.8) mesmo quando tudo parece perdido, quando é tratado de modo indigno e vergonhoso e, ainda, quando tem todos os motivos para, humilhado e de cabeça baixa, desistir de tudo. Alguém até poderia dizer que Davi tinha “nervos de aço”, mas acho que ele não concordaria. Em lugar disso, ele falaria sobre a soberania de Deus, sobre seu amor e zelo pelos que lhe pertencem, sobre a confiabilidade de suas palavras, sobre o papel da oração e coisas do tipo. Enfim, Davi renderia toda a glória a Deus e, assim, explicaria sua confiança em um dos piores momentos da sua vida.

Recordando o susto que passei na África, quando a multidão aumentava em número e fúria contra mim, não me lembro de ter pensado em todos esses pontos teológicos extraídos do Salmo 3 – acho que isso nem aconteceu. Entretanto, seus efeitos práticos foram sentidos por mim. Se não me recordo de todos os detalhes do que pensei no momento, lembro-me como se tudo tivesse ocorrido ontem, que, como o salmista e o apóstolo, confiante no poder de Deus, clamei de todo o coração: “Salva-me, Senhor”.

Pr. Thomas Tronco

Category:  Reflexões diárias

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