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Salmo 100 - De Quê Consiste o Verdadeiro Louvor
TUESDAY, AUGUST 9, 2016
Posted by: Igreja Batista Redenção | more..
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O Salmo 100 se preocupa com o assunto relativo à demonstração da gratidão. A diferença é que o que ele focaliza não é a gratidão alheia para consigo, mas a gratidão pessoal voltada a Deus. O título, definido pelo próprio salmista, demonstra que sua composição é um salmo de agradecimento a Deus: “Cântico de ação de graças” (mizmôr letôdâ). A ocasião da sua composição não é declarada. Nem sequer se percebe se o salmista tinha em mente um tipo especial de agradecimento – por alguma atuação específica de Deus – ou se ele simplesmente convoca o mundo todo a fazer o que lhe cabe em todo o tempo. O fato é que, dadas as características do salmo, ele é reconhecido como um instrumento de culto a Deus no Templo de Jerusalém, em tempos antigos. Ele surge, no saltério, logo após uma seção que apresenta o Senhor como rei soberano sobre tudo que existe (Sl 93, 95-99) e que, por isso mesmo, deve ser amado, temido e glorificado – um ótimo nicho para um chamado universal à adoração como é o caso de centésimo salmo. Assim, o que brota do texto são cinco importantes marcas do louvor a Deus que deve permear a experiência daqueles que o reconhecem como seu Deus, seu criador e seu salvador.

A primeira marca do verdadeiro louvor é o chamado universal à adoração (v.1): “Aclame ao Senhor, toda a Terra” (harî‘û layhwh kol-ha’arets). Outras possíveis traduções são “aclamai a Deus, todas as terras” e “aclamai a Deus, moradores de toda a Terra” – já que o verbo se encontra na forma plural. Entretanto, a ênfase na Terra toda devendo louvor ao Senhor não pode ser diminuída. Isso é interessante de se ver porque é frequente, no Antigo Testamento, a busca do Senhor para que vindique o povo de Israel e traga juízo sobre as nações opressoras. Essa salmo rompe tal dinâmica e posiciona pessoas de todas as nações dentro da congregação que deve louvor a Deus. Alguns estudiosos, enfatizando esse caráter, consideram o salmo um chamado específico aos gentios – apesar disso, o modo correto de se encarar o salmo é como um chamado universal que não prevê divisões étnicas, mas atinge a todos, judeus e gentios. Essa marca do culto a Deus é uma demonstração de reconhecimento da soberania universal do Senhor – não haveria necessidade de um chamado amplo caso isso não fosse verdade. E, nesse caso, o que surge de tal visão não é o ciúme de não ter Deus somente para si, como um Deus nacional, mas gratidão por ser ele também o Deus de toda a Terra e um Senhor disposto a receber adoradores de todas as partes.

A segunda marca do louvor é a busca pela presença de Deus (v.2): “Servi ao Senhor com alegria. Entrai em sua presença com brado de júbilo” (‘ivdû ’et-yhwh besimhâ bo’û lefanayw birnanâ). É óbvio que “entrar na presença de Deus” é o que os israelitas identificavam como adentrar o Templo do Senhor, em Jerusalém, para adorá-lo. Apesar de ele estar em toda parte (cf. Sl 139), sua presença entre o povo era representada pela sua glória no Templo. Contudo, o conceito de entrar em sua presença não admite uma ação mecânica, nem envolve somente o comparecimento geográfico. Ir ao Templo devia pressupor buscar o próprio Deus e se colocar diante dele como um adorador. Por isso, a ordem é “servi ao Senhor”. O escritor não visa a qualquer tipo de serviço, mas ao serviço religioso, ou seja, a “adoração” – a língua inglesa preserva esse sentido ao ter a palavra “service”, cuja raiz é servir, para designar o culto. Se essa marca não tinha um caráter meramente mecânico ou geográfico, também não deveria ser impessoal. O chamado não é apenas servir, mas servir “com alegria”, alegria essa que nasce de uma gratidão verdadeira que vem do coração de pessoas que são agraciadas pelo Deus do universo, as quais reconhecem a mão do Senhor sustentando, dirigindo e protegendo.

A terceira marca é a subordinação que cabe aos homens (v.3): “Reconhecei que o Senhor é Deus” (de‘û kî-yhwh hû’ ’elohîm). O salmista não coloca em dúvida a divindade do Altíssimo – ela é certa, quer os homens reconheçam ou não. Em lugar disso, o enfoque desse texto recai sobre os adoradores que são chamados de todas as partes do globo a cultuar a Deus com gratidão. Para que atendam o chamado, devem inexoravelmente “reconhecer” o Senhor como Deus. Não serve imaginá-lo como um dentre muitos deuses, ou como um ser falho e limitado como nós. É preciso reconhecê-lo como Deus supremo e único. A aplicação desse conceito é que a divindade do Senhor deve curvar o homem diante dele. A subordinação humana a Deus se dá primeiro porque ele, como Deus que é, criou tudo o que existe, incluindo cada pessoa do planeta. Em segundo lugar, porque tudo o que Deus criou lhe pertence: “Foi ele quem nos criou e nós somos dele, seu povo e rebanho do seu aprisco” (hû’-‘asanû welô ’anahnû ‘ammô wetso’n mar‘îtô). Por isso, como criação e possessão de Deus, devemos assumir nosso lugar aos seus pés, na figura de servos humildes.

A quarta marca é a demonstração pública de gratidão. A ordem aos homens de todo mundo é (v.4): “Adentrai os seus portões com ação de graças [e] os seu átrios com louvor” (bo’û she‘arayw betôdâ hatserotayw bithillâ). Isso devia soar um pouco estranho para muitos israelitas, já que os gentios não tinham acesso a todos os átrios do Templo. Entretanto, a ordem é essa mesma mostrando que o Senhor era Deus de todos os povos e que Israel, como povo da aliança, devia agir como sacerdote entre o Senhor e as demais nações (cf. Ex 19.6). A ordem subsequente, pressupondo o atendimento ao chamado de vir a Deus, é: “Celebrai-o, bendizei o seu nome” (hôdû-lô barakû she). Não há aqui nenhuma superstição liga ao uso do nome de Deus – alguns movimentos religiosos afirmam que a pronúncia correta do nome de Deus e de Jesus é necessária para alguém fazer parte do povo de Deus e ser aceito por ele. Longe disso, o salmista, ao celebrar e bendizer o nome de Deus, o faz pensando na pessoa de Deus, na sua fama, no seu caráter e na sua grandeza. É o próprio Deus que, publicamente, deve receber a adoração dos seus servos, por meio da aclamação jubilosa e da exposição verbal das suas grandezas.

A última marca do verdadeiro louvor a Deus é a correta motivação da adoração. O culto grato a Deus não é apenas um ritual religioso que nasce da tradição. Muitas demonstrações religiosas tradicionais passam a existir simplesmente porque a geração anterior assim o fazia. Se perguntarmos para muita gente que celebra aquilo que seus pais celebravam qual é a razão por trás do seu hábito religioso, eles não saberão responder. Para que isso não ocorra no culto verdadeiro, o salmista dá dois motivos para sua existência. O primeiro é a bondade de Deus (v.5): “Pois o Senhor é bom” (kî-tôv yhwh). Eis uma motivação da gratidão a Deus de caráter bastante prático. Em segundo lugar, o salmista aponta as promessas de Deus e a certeza de que ele sempre cumpre o que diz: “Sua lealdade é para sempre e a sua fidelidade de geração em geração” (le‘ôlam hasdô we‘ad-dor wadôr ’amûnatô). A lealdade, ou o “amor leal” de Deus, assume uma forma especial dentro do seu relacionamento com Israel. Significa que as alianças que fez com servos como Abraão e Davi não podem ser ignoradas por ele. Por isso, em amor pelos servos com quem se comprometeu voluntariamente, o Senhor cumprirá cada palavra que disse e será fiel mesmo depois de muito tempo e muitas gerações terem passado – o que inevitavelmente produz esperança firme em seus servos e, consequentemente, uma gratidão verdadeira que os leva à adoração.

É muito fácil para nós, homens cuja velha natureza ainda nos imprime um caráter com traços de egoísmo e de soberba, transformarmos o culto a Deus em ocasião de satisfação pessoal. Quando isso acontece, as pessoas buscam realizar atividades religiosas que as agrade e satisfaça – as músicas têm de ser do seu agrado, a pregação não pode tocar pontos incômodos e as emoções têm de ser todas positivas. O problema disso é que se esquece totalmente o propósito do culto: oferecer a Deus verdadeira adoração com um espírito de gratidão por tudo aquilo que ele é e por tudo aquilo que ele faz. Isso não pode de modo algum acontecer. Centralizar o homem nos cultos a Deus é o mesmo que, com muita ingratidão, receber um presente de alguém e, sem sequer dizer “obrigado”, correr para algum canto a fim de abrir o pacote e se deleitar em suas posses.

Pr. Thomas Tronco

Category:  Reflexões diárias

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